twitterfacebookemail

sexta-feira, 7 de maio de 2010

RESOLVENDO CONFLITOS




O conflito é inivitável nos relacionamentos interpessoais. Um dos fatos mais angustiantes da vida é que todo  casamento passa por conflitos. Eles não podem ser contornados, mas devem ser encarados e resolvidos:
   1. Filhos podem ser uma grande fonte de alegria, mas também acrescentam tensão ao casamento. O instinto maternal em algumas mulheres é tão forte, que elas tendem a dei­xar o marido de lado quando estão cuidando dos filhos (1Sm 1.8). Por vezes, a esposa pode até enganar o marido em favor do filho (Gn 27.1-29). A esposa deve lembrar que apenas seu relacionamento com Deus está acima de sua união com o marido.
   2. Problemas financeiros também podem causar pressões indevidas sobre um relacionamento, especialmente se o casal discute sobre quem fará quais sacrifícios. Se um casal buscar a orientação de Deus para as questões financeiras, ele será fiel em suprir suas necessidades (Mt 6.33; Fp 4.19).
   3. A raiva não-resolvida pode acumular-se e transformar-se em ressentimento e em amargura, de modo que a comunicação significativa deixa de existir (Hb 12.15; Ef 4.26).
   4. A tentação e as oportunidades de ser infiel estão sempre presentes (Pv 7.6-23). Uma comunhão íntima e vibrante com Deus sustentará o relacionamento entre marido e mulher e dará força e vitalidade ao casamento.
   5. O isolamento, um estado em que se é excluído, é um dos males mais sutis do casamento.
   6. O casamento pode facilmente deixar de ser uma prioridade. As pessoas não valorizam devidamente seu cônjuge, concentram sua atenção em outras questões “urgentes”, e logo o calor e a comunicação se vão. O remédio para o isolamento é guardar o relacionamento conjugal com carinho e dar prioridade ao cônjuge, sendo aberto e honesto e não tendo segredos um para com o outro.
Os conflitos podem ser uma arma negativa num casamento, dividindo corações e destruindo a unidade, ou podem ser um catalisador poderoso para uma renovação do compromisso.
Os conflitos são, geralmente, sintomas de uma brecha que começou a surgir no passado.
Discordâncias entre cônjuges aparecem inúmeras vezes na Bíblia. A descrição poética de Salomão desse desentendimento com a esposa inexperiente demonstra a diferença de sentimentos, a comunicação truncada e o curto espaço de tempo para se aprender a viver juntos em amor. Abraão e Sara brigaram porque ela não podia ter filhos (Gn 16.5); Jacó e Raquel também (Gn 30.1-2). A esposa de Jó discordou da reação dele às perdas materiais e financeiras, à morte dos filhos e à enfermidade em seu corpo (Jó 2.9-10). O profeta Malaquias denunciou os sacerdotes que haviam rompido e não restabelecido seus votos matrimoniais (Ml 2.14-16).
As discordâncias são comuns, mas a Bíblia também apresenta a orientação para resolvê-las.
Paulo e Pedro oferecem pistas para se prevenir e se acertar atritos domésticos. Aos casais discordes de Corinto, Paulo escreveu: “Deus vos tem chamado à paz” (1Co 7.15). Este é o objetivo supremo. Pedro admoestou as esposas que vivenciavam relacionamentos pouco amistosos com maridos incrédulos a ganhá-los com espírito manso e tranquilo (1Pe 3.1-4).
A natureza humana não mudou. A competição e a contestação só levam a consequências desagradáveis. O amor, por outro lado, “sofre … crê … espera … suporta tudo” (1Co 13.7). Jesus nos ensinou a tirar a trave dos olhos antes de tentar tirar o argueiro dos olhos dos outros (Mt 7.3-5).
A misericórdia é parte vital para diminuir as tensões. O espírito tolerante, perdoador e paciente atenua os conflitos (Mq 6.8). Vale lembrar o exemplo de Jó que tratou sua esposa com sensibilidade e respondendo educadamente ao seu conselho amargurado. Ele manteve sua responsabilidade de liderança espiritual ao responder à fé imatura de sua esposa, que estava disposta a aceitar o bem mais não o mal das mãos de Deus. A sensibilidade no momento adequado também recupera o calor do afeto. Não devemos deixar os problemas se transformarem em amargura. O Novo Testamento adverte quanto a não deixar que o sol se ponha sobre a nossa ira (Ef 4.26). Mesmo que o problema não seja resolvido, o processo de paz foi iniciado.
Finalmente, devemos perdoar. A calma cai sobre nós quando deixamos Cristo controlar nossas mágoas. Ele deu o exemplo de perdão (1Pe 2.23) e só ele pode nos dar forças para enterrar a vingança e restaurar a harmonia nos relacionamentos. Os cristãos devem ser pacificadores (Mt 5.9).

Por: Sergio e Vera Leitão

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SEU COMENTÁRIO É RELEVANTE...ENTÃO NÃO DEIXE PRA DEPOIS, COMENTE AGORA!!!