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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Eu sou barro!!


O que acontece com a argila, eu e você?

É isto que acontece com a ARGILA, aquele pedaço de barro vai ser sovado, amassado e trabalhado até ficar ao ponto de estar liso maleável e sem bolhas. Esta primeira etapa é muito importante, ela é a condição básica para fazer de um pedaço de barro um objeto útil.  Para o oleiro, essa etapa é a que exige mais esforço e energia. Isto reflete nós, o quanto trabalho demos ao SENHOR, até que nos HUMILHAMOS, e nos submetemo-nos a ELE.
Agora o pedaço de barro está pronto para tornar-se um vaso. Então a roda do oleiro começa a girar. O barro precisa ser colocado bem no centro da roda, com as mãos molhadas. Nesta fase o oleiro exerce total domínio sobre o barro, sob a pressão de suas mãos, o material é forçado a realizar movimentos circulares uniforme, e assim que o disco gira tranquilamente, cessa a pressão das mãos do Oleiro.
Surge a forma, a sincronia entre as mãos, a água ( sem ela o barro não pode ser girado) e então a roda faz surgir a forma.  O pedaço de barro fica absolutamente exposto à vontade e às mãos do Oleiro.
Ele é quem decide o que será desse barro, que tipo de vaso será no futuro. Existe uma linda canção, a qual cantamos e a achamos muito linda, mas eu acho que nós gostamos somente da melodia dela, que diz assim:” Eu quero ser, SENHOR amado , como um vaso nas mãos do Oleiro , quebra minha vida e faze-a de novo, eu quero ser, eu quero ser, uma vaso novo”. Sigamos em frente.
O barro fica girando suavemente sobre o disco do Oleiro, e este começa a moldar um vaso conforme seus planos. Neste momento torna-se evidente se o barro foi suficientemente amassado  , senão o Oleiro encontra muitas dificuldades em formar um vaso útil. Quando o barro é maleável o trabalho do Oleiro parece uma brincadeira para o observador. 
Então o Oleiro com grande alegria vê surgir sob suas mãos habilidosas o vaso que planejou. Os olhos do especialista já conseguem vislumbrar bem no início, o projeto que o Oleiro tem em mente com sua obra. Muitas formas deixam adivinhar logo no começo o que virão a ser quando prontas, mas, em alguns casos, só o Oleiro sabe o que vai fazer com o barro que está em suas mãos.
Muitas etapas sucedem-se, e o vaso precisa ainda suportar pressões e moldagens. Mas antes ele é colocado em repouso por certo tempo, o Oleiro, porém, não perde ele de vista, sua obra de vista. Quando o vaso atinge certa firmeza, o trabalho continua, ele é colocado invertido no disco para que sua base seja trabalhada, é de suma importância que esta base seja bem firme.
Muitas vezes, o Oleiro enfrenta grandes dificuldades até que certos vasos tenham um fundo reto, para que não fiquem inclinados. Uma coisa pode acontecer com o barro, é ser arremessado para longe através da força centrífuga do disco se não estiver bem no meio da roda. Muitas vezes o Oleiro consegue segurar o barro apenas no último momento, mas, se ele não consegue segurá-lo, apanhá-lo, o objeto semi pronto acaba no monte de lixo, podemos imaginar o que vai acontecer com ele.
ARRUMANDO UM VASO QUE SAIU ERRADO. Quando o Oleiro quer, ele tem a possibilidade de reiniciar o trabalho com um vaso que não deu certo em suas mãos. Existe para isso, um processo específico (use a imaginação: QUEBRAR DE NOVO. Existem vasos que apesar dos maiores esforços, não ficam bons de modo nenhum, mas, para DEUS tudo é possível, Ele pode arrumar e concluir vasos que não tinham ficado bons.  
Naturalmente eles ficam diferentes do projeto inicial, mas tornam-se úteis de alguma maneira. Nós muitas vezes já falhamos em cumprir aquilo que o SENHOR planejou para nós? Ainda nos admira o que não somos, o que deveríamos ser realmente? Se não paramos quietos sob as mãos fortes e habilidosas do mestre, não é de admirar que falhemos.
OS DELICADOS DETALHES: depois de moldar o fundo de um vaso, o Oleiro começa a executar os detalhes. Ele decora e enfeita sua obra, conforme bem entende. Inúmeras possibilidades encontram-se à sua disposição. Esta é a razão de sermos todos tão diferentes uns dos outros, muitos de nós perguntamos ou gostaríamos de perguntar ao Oleiro: “porque me fizeste assim? “Rm. 9:20 e Is 45:9-12.
Independentemente do que o Oleiro tenha planejado para seu vaso, ele só vai parar de trabalhar nele quando toda a superfície estiver bem lisa, absolutamente limpa e sem defeitos. Uma observação: ele reserva bastante tempo para essa etapa de acabamento. Muitas vezes o Oleiro olha para o vaso a certa distância e volta a tomá-lo em suas mãos, para fazer pequenas modificações aqui e ali. Uma Nota: nosso oleiro assim faz conosco, trabalhando , polindo e aparando as arestas, até que nós sejamos transformados em um vaso perfeito na sua imagem ( de CRISTO).
DEUS é infinitamente mais paciente conosco do que podemos imaginar, e nós, com nosso próximo? Somos longânimes, pacientes? Permitiremos que DEUS, conclua sua obra?
O PROCESSO DA SECAGEM. O ar assume a tarefa de secar o vaso, quando a água sai do barro as moléculas aproximam-se cada vez mais , o vaso diminui de tamanho. Uma Nota: “convém que Ele cresça e eu diminua” assim em nós, lá bem no fundo em nosso íntimo, não existe muitas coisas que precisamos sair evaporar-se? O processo de secagem deve ser lento, pois se ele se processar muito rapidamente poderão surgir rachaduras que impedirão o vaso de suportar o calor do forno. O vaso se partiria em inúmeros caquinhos. Neste processo de criação do vaso, existe uma profunda verdade espiritual: O crescimento não acontece de uma hora para outra, o processo não pode ser acelerado para chegar-se ao alvo antes do tempo.
Temos um Oleiro sábio, Ele sabe que é passo a passo que vai conduzir-nos ao alvo. Só Ele sabe quando estamos prontos, para o FORNO.
O FORNO: sem esse processo final, os vasos, como nós, não serviriam para nada. É aqui que o vaso recebe sua forma final e definitiva. Algo grandioso acontece nesta fase: sob a ação do calor, o vaso frágil e quebradiço começa a passar por um processo de transformação interior e exterior. Em seu interior o processo é: QUÍMICO E FÍSICO e no exterior acontece a VITRIFICAÇÃO DA CAMADA DE TINTA OU VERNIZ. O controle da queima é muito importante, o Oleiro sabe exatamente qual a temperatura adequada. Há um fantástico paralelo espiritual com essa etapa:
O forno da provação não é aquecido nem um grau centígrado acima da temperatura ideal. O SENHOR não quer nos consumir no fogo. Ele deseja nos conduzir para fora da fornalha para  pertencermos somente a Ele  Dt.4:20.O processo de queima é lento, demorado, e exige muita paciência, o oleiro assim com o ouriveres jamais se afasta muito do forno quando está derretendo o ouro. O oleiro em pensamentos está sempre junto de sua obra que se encontra no forno.
Há uma expectativa enorme: será que o vaso vai suportar o calor? Ou não? Vamos imaginar o momento em que o oleiro abrirá a porta do forno, agora a uma temperatura de 150 graus centígrado, sua obra permaneceu dois dias e duas noites ali dentro, o esfriamento de 960 a 150 graus demora todo esse tempo. Amorosamente o oleiro tira seus vasos do forno, mas o processo ainda não terminou os utensílios ainda são porosos e permeáveis, eles já podem ser usados para certas finalidades, mas ainda não estão completamente prontos.
O VASO E A SEGUNDA QUEIMA: o processo de criação de um vaso só estará concluído com a vitrificação ou decoração e a segunda queima. A aplicação da camada vitrificante é muito trabalhosa para o oleiro. Esta etapa precisa ser executada com exatidão e extremo cuidado.  Muitos fatores influenciam o resultado final, sem o manto de verniz ou esmalte. A cobertura protege das influências exteriores, por ex: a sujeira. 
Assim somos nós nesta etapa, precisamos da vestimenta adequada como proteção da sujeira deste mundo Rm. 13:14. Objetos envernizados podem ser limpos inúmeras vezes sem que a camada vitrificada seja danificada. Agora o vaso está apto para passar pela SEGUNDA QUEIMA. A colocação do vaso no forno é um trabalho de alta precisão. O calor é regulado para atingir 1080 a 1260 graus centígrados, conforme o tipo de barro usado.
Quando se queima o barro acontece uma transformação, o que antes era permeável e poroso ao ficar exposto a altas temperaturas durante um tempo determinado, torna-se física e esteticamente um todo. O oleiro espera agora aproximadamente dois dias e duas noites até poder admirar o resultado final da obra de suas mãos. A expectativa é ainda maior que a primeira vez.
FINALMENTE CHEGA A HORA: o vaso está nas mãos do oleiro para ser admirado e examinado. A alegria por uma obra que saiu perfeita é enorme e incomparável. Podemos imaginar o que o oleiro sente nesta hora, mas, também a profunda tristeza do oleiro quando ele segura um vaso quebrado, que não suportou o calor da fornalha. Qualquer obra sua, até a menor e insignificante , traz tristeza ao oleiro quando se torna inútil . Assim nosso pai celestial, nosso criador deve se lamentar que existam criaturas suas que falharam.  Se pudéssemos imaginar só um pouquinho do que representa para ELE, seríamos um barro mais dócil nas mãos do oleiro.
O oleiro quando uma obra sua não dá certo, ele joga fora no monte de entulho, a peça se despedaça toda. O salmo 2:9 nos alerta “Tu os despedaçarás como a um vaso de barro “
Vamos ser maleáveis nas mãos do SENHOR, vamos reavaliar nossas vidas. E lembre-se, o calor da fornalha enobrece o vaso ou estraga-o de uma vez. 

Hoje to me sentindo assim....vaso de barro, amassado e forjado nas mãos do Oleiro....para a Glória do Seu Nome!!! Me cura, me ama, me usa Senhor!!!
SEJAMOS VASOS PARA HONRA.   

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