A ORIGEM DO BUQUÊ DA NOIVA

Por volta do ano de 1600, as regras de higiene pessoal eram nulas.

Nessa época não existiam desodorante, sabonete, papel higiênico, escova de dentes, perfumes e banheiros. Essa falta de higiene era de tal magnitude que até o quarto do rei (Le chambre du roi) não tinha banheiro, fazendo com que as fezes e urinas da família real fossem jogadas fora, pelas janelas do palácio.

No inverno rigoroso da Europa, as pessoas não tomavam banho devido ao frio intenso. Nessa época do ano ela eram abanadas, para espantar o mau cheiro que exalavam.

O primeiro banho do ano era tomado apenas em maio, após o inverno, numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família, tinha o privilégio de ser o primeiro tomar banho. Depois dele, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, na ordem decrescente de idade; as mulheres, por idade, e, finalmente, as crianças.

Como os bebês eram os últimos a tomarem banho, quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era bem possível“perder um deles lá dentro. Assim, surgiu a expressão “Don´t throw the baby out with the bath water””que, literalmente, significa: “Não jogue o bebê fora junto com a água do banho”.

Os casamentos eram marcados, logo após o inverno, entre os meses de maio e junho. Nesse período, o cheiro das pessoas ainda era suportável, devido ao banho tomado no mês de maio.

Por desejo feminino, a grande maioria dos casamentos acontecia no mês de maio, logo após os banhos. Daí ser maio chamado como “O mês das noivas”.

Nos casamentos realizados no mês de junho, mais distantes do banho tomado, as noivas, na tentativa de esconder o odor que começam a exalar das suas partes íntimas, carregavam um buquê de flores perfumadas junto ao corpo.

Tal gesto, passou a fazer parte do cerimonial, apesar do aparecimento dos produtos de higiene ao longo dos anos. Tal tradição é mantida até hoje.