Conheça as etapas desse árduo processo e saiba como superá-las.
Por mais diferente que uma pessoa seja da outra, o processo de separação tem fases pelas quais todo mundo passa. Listamos todas elas para você saber que o que está acontecendo – ou está prestes a acontecer – como você é normal, faz parte do processo de rompimento.
A decisão. As insatisfações se tornam visíveis. Não existe mais diálogo, companheirismo, prazer de estar junto e as discussões que eram mensais começam a ser quase diárias. Pesa-se novamente os prós e contras e decide-se adiar a ruptura, apostando no resgate da relação. O processo de decisão, por qualquer uma das partes, é lento. É assustadora a idéia de construir uma vida sozinha e triste admitir que o relacionamento acabou. Há muito medo e dúvida envolvidos, seja por questões financeiras ou emocionais. Essa fase pode ser aberta e conhecida pelo casal, se eles optam por discutir os problemas e encontrar soluções, ou silenciosa. Passa o tempo e as coisas pioram novamente, com uma carga cada vez mais insuportável. A relação se transforma numa guerra ou num tédio completo. A tensão é tanta que não há mais saída. O momento de decisão fica mais claro quando ao invés de questionar o tempo todo como está o meu casamento?, você começa a perguntar como eu estou? É hora de encarar a separação de frente, sem jogar nada sob o tapete.
A negação. Há uma fase inicial em que se começa a negar que as coisas estavam tão ruins assim. Você acha que está exagerando, jogando uma relação longa e legal pela janela por besteira, que é só uma crise que passa como as outras. A negação é comum e pode vir tanto de quem decidiu pela separação ou pelo outro. Afinal, separar é doloroso, difícil e tendemos a esquecer as coisas ruins do relacionamento para tentar aplacar a dor da ruptura. O ser humano é ambivalente e os sentimentos também. Portanto, você vai demorar um tempo para ter certeza de que tomou a decisão certa (ou se ele tomou). É possivelmente perfeito querer sair fora da relação e ao mesmo tempo sofrer um medo danado de concretizar a perda.
Fracasso. Porque o divórcio representa o fim de um projeto de vida, cujo o investimento emocional foi muito grande. Afinal, ninguém casa pensando em separar. Por mais prática e realista que seja, você sempre acha que vai ser para sempre, que vai sempre ser amada e amar aquele homem. E mais, ele conhece tudo da sua vida, é seu porto seguro e muitas vezes, seu único amigo. Você fica descrente nos relacionamentos como um todo, acha que nunca mais vai se apaixonar e casar. Acha que todos são descartáveis e nada é duradouro. E que você não é capaz de fazer alguém amá-la.
Culpa. Aparece em consequência da incapacidade que sentimos por não conseguirmos salvar esse projeto (onde eu errei, porque ele não gosta mais de mim, o que aconteceu, por que eu?).
Rejeição. Se a separação foi pedida por ele, é inevitável. Uma das coisas mais difíceis de ouvir é que você não é mais amada. A auto-estima cai, você se sente feia, desinteressante. Cuidado para não se humilhar ou transformar esse sentimento em rancor, principalmente quando ele começar a namorar de novo.
Medo. Em menor ou maior grau, sempre está presente. Medo de não conseguir ser feliz de novo, da solidão, de reconstruir a vida financeiramente e emocionalmente.
Os altos e baixos. No meio disso tudo, há dias em que você está se sentindo ótima, livre, poderosa e corajosa e dias em que não consegue dar um sorriso, acha que o mundo vai acabar, que é vítima de todo o sofrimento, a mais feia. Não se desespere. É normal. Vai chegar um momento em que os altos serão cada vez maiores que os baixos.
Manter a amizade ou querer vingança. É difícil quebrar o vínculo com quem se foi tão íntimo, amado e que te conhece tão bem. Quase impossível. O tempo cura isso e o distanciamento é inevitável, mesmo que a separação tenha sido amigável. É, acima de tudo, essencial para o recomeço da sua vida. Não fique se sentindo na obrigação de entender tudo, compreender o que ele sente, o que está acontecendo e não se culpe por ataques de ciúme e posse. Tente ser amiga, sim, mas respeite seus limites. Se você sofre ao ouvir que ele saiu com amigos, não pergunte e não procure saber.
Do lado oposto, não nutra ódio ou revanche. No fundo esses sentimentos também são a maneira, negativa, de não cortar o vínculo, um processo lento, doloroso e necessário. Melhor não falar com o ex do que ficar brigando e tramando vingança. Melhor para você.
Começar de novo. É difícil, e no começo muito desanimador. Há a excitação de cair no mundo, solteira, fazer o que quiser, decorar a casa como bem entender. Mas há o medo, a solidão, o vazio. A cama que antes tinha dois agora só tem você, coisas que estava acostumada a fazer não tem mais graça sem a companhia dele. É preciso muita coragem e estrutura emocional nessa hora. Reúna os amigos, a família, tenha sempre gente por perto para os momentos de solidão. Mas não fique empurrando os sentimentos para baixo do tapete. Devagar, vá se acostumando com o tempo que tem sozinha. Ele também é precioso.
A perda definitiva. Acontece quando o outro começa um novo relacionamento. Tristeza, acessos de ciúme e posse são inevitáveis. Afinal, ele era exclusivo seu e vê-lo com outra pessoa dói porque você inevitavelmente se compara à nova parceira e porque é um sinal definitivo – ou quase – de que você perdeu, que a relação acabou mesmo e, principalmente, que você foi substituída.
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Fonte: Texto da jornalista Thais de Oliveira. Publicado no site www.cadadia.net.
parabens..adorei ter lido, muito emportante para casais, boa sorte pra todos que lerem..
ResponderExcluirOlá Emanuela, gostei de alguns dos "post" de seu Blog alias gostei de seu Blog e acho que minha esposa também vai. Parabéns.
ResponderExcluirpapocombarista.blogspot.com